Por que ocorre aumento na conta de energia?
Nos últimos anos, muitos consumidores têm sentido no bolso o peso do aumento nas contas de energia.
Em 2018, por exemplo, o reajuste proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para as tarifas da Cemig-D foi alarmante: 25,87% para indústrias e 22,73% para residências e comércio. Mas, o que realmente provoca esses aumentos nas tarifas de energia elétrica? Neste post, vamos explicar de forma clara como isso acontece.
Como são calculados os aumentos nas tarifas de energia elétrica?
A tarifa de energia elétrica, como um todo, tem o objetivo de garantir que as empresas responsáveis pela distribuição consigam arrecadar o suficiente para cobrir seus custos operacionais e oferecer um serviço de qualidade aos consumidores. A cada quatro anos, as empresas passam por um processo chamado de revisão tarifária, onde são analisados os custos e a remuneração de investimentos realizados.
A ANEEL é a responsável por regular e definir os custos que impactam diretamente o valor pago pelo consumidor. Essa conta é dividida em três partes: o custo da energia gerada, o custo do transporte até a sua casa ou empresa e, por fim, os encargos setoriais que incluem tributos. Isso significa que a conta que você paga engloba desde o custo de produção da energia até a distribuição e os impostos associados.
O que são as Parcelas A e B?
Desde 2015, o método de cálculo das tarifas foi atualizado para torná-lo mais eficiente. Agora, os custos são divididos em duas parcelas: a Parcela A e a Parcela B. A Parcela A abrange os custos que a distribuidora tem com a geração e transmissão da energia, além dos encargos setoriais. Esses valores são diretamente gerenciáveis pela distribuidora e estão relacionados às práticas gerenciais adotadas por elas.
A Parcela B, por sua vez, representa outros custos que podem envolver investimentos em infraestrutura, mas cuja definição não está tanto nas mãos da distribuidora. A análise detalhada desses componentes é fundamental para entender como cada item impacta o valor da tarifa.
Entenda as bandeiras tarifárias
Outra informação importante são as bandeiras tarifárias, que são como um semáforo sinalizando as condições de geração de energia elétrica. A bandeira verde indica que as condições são favoráveis, sem aumento na tarifa. A bandeira amarela traz um acréscimo de R$ 0,010 por kWh consumido, enquanto a bandeira vermelha, dividida em dois patamares, pode representar adicionais de R$ 0,030 ou R$ 0,050 por kWh, dependendo da situação.
Esses fatores, somados ao gerenciamento da distribuidora e às bandeiras tarifárias, explicam por que a conta de energia pode mudar. Por isso, é importante estar atento e saber analisar sua fatura.
Conclusão
Agora que você já entende melhor os motivos dos aumentos, que tal buscar alternativas para evitar surpresas em sua conta? A Geração Distribuída (GD) e a Mini Geração (MG) podem ser soluções viáveis. Esses serviços permitem que você produza sua própria energia de maneira simples e fluida, reduzindo a dependência da rede elétrica e os custos ao final do mês.